Análise Institucional
Teoria, política, estratégias, táticas e técnicas de uma das escolas mais conhecidas do Movimento Instituinte. Originária da Sociologia Ativa, sua denominação foi criada por Felix Guattari mais foi desenvolvida por outros autores. Seus principais expoentes são, na Europa, René Lourau e Georges Lapassade, e na América Latina, E. Pichón Riviere. J. Bleger. Gregorio Kaminsky, Osvaldo Saidon, Vida Kamkagi, Eliana Conde Rodrigues, Sonia Altoé, Eduardo Lociser, Jorge Volnovich, Alfredo Grande, Miguel Matrajt, Sérgio Maida, Isabel Marazina, Lúcia Osório, Alejandro Sherzer, Alfonso Lans, Ricardo Malfé, F. Ulloa, A.M.Fernandez, Alfredo Martin, Gregorio Kazi, Jorge Golini, Jorge Bichuetti, Fátima de Oliveira, Elza Carletto, Carmen L. Macedo, William Castilho, Patrícia Ayer, Neusa Henriquez, Raquel Correa, Gregorio Baremblitt, Margarete Amorim e muitos outros. A Análise Institucional trabalha com todo tipo de organizações, estabelecimentos, movimentos e grupos.
Seus fundadores e principais expoentes são G. Lapassade e R. Lourau, apesar de a denominação ter sido criada por F. Guattari. Esta corrente institucionalista, uma das mais coerentes e empenhadas, reconhece como seus antecessores a PsicoSociologia, a Dinâmica de Grupos, a Psicoterapia e a Pedagogia lnstitucionais, assim como a Socioanálise de Van Bockstaele. Contudo, a Análise lnstitucional superou amplamente esses precursores no sentido de uma radicalização de suas teorias, modos de intervenção e objetivos últimos.
Impossível resumir aqui suas contribuições, bastará dizer que se propõe a propiciar os processos autoanalíticos e autogestivos circunscritos (se for o caso), mas tendendo sempre a que se expandam até conseguir um alcance generalizado e revolucionário.
O lnstitucionalismo deve a esta orientação conceitos tais como instituinte instituído, institucionalização,
analisadores históricos e construídos”, demanda encargo, efeitos” Mulhman, Lukács etc. A Análise lnstitucional insistiu particularmente na análise da implicação, ou seja, nas resistências econômico políticoideológicolibidinais dos agentes analistas aos processos autogestivos durante as intervenções (crítica da Sociologia abstrata e “neutra”). A Análise Institucional considera a prática de seus agentes como uma militância, e propõe para eles o perfil de um intelectual implicado, à diferença do intelectual orgânico (partidário) ou engajado (freqüentemente um tanto especulativo). Como dispositivo de intervenção, inclina-se pela Assembléia Geral Permanente, na qual os não ditos institucionais são forçados a expressar-se até suas últimas conseqüências transformadoras.
“Baremblitt”: Compêndio para Análise Institucional